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Monica Petroni

Pesquisando novos rumos da psicologia

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MANDALAS NA PSICOTERAPIA

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O uso de mandalas na psicoterapia tem sido muito difundido ultimamente.

A figura da mandala se tornou popular na tendência da “nova era” e no atual conceito de holismo, ou filosofia holística.

Neste artigo, vamos entender melhor como e porque a mandala é usada em psicoterapia, para além da sua popularidade atual.

Mandalas na Psicoterapia

Mandalas na psicoterapia: a origem da mandala

A palavra mandala vem do sânscrito e significa recipiente da essência.

Antes de mais nada a simbologia das mandalas está presente em várias tradições religiosas e culturais, principalmente na cultura oriental.

Na tradição hindu a mandala representa a presença divina no centro do mundo.

Sobretudo o simbolismo da mandala denota um ritual cerimonial que facilita a concentração e a contemplação.

Por isso utiliza-se a mandala como suporte para a meditação, podendo ser desenhada no chão para rituais de iniciação.

Porém, o objetivo maior é ampliar a consciência, levando a uma identidade com a consciência universal

Ou seja, nas culturas orientais a mandala representa a essência e imagem do criador universal, que está em todos os lugares, inclusive dentro de cada um de nós.

 

As mandalas tibetanas

As famosas mandalas tibetanas são feitas de areia.

 

A areia usada é o resultado de maceração de mármore, especialmente para a confecção de cada mandala. É uma produção manufaturada artesanalmente, desde a escolha das pedras até a montagem da figura final.

 

Sobretudo por trás de toda essa produção há propósitos definidos, que se relacionam com vários aspectos: espiritual, social, estético e metafísico.

 

A finalidade da construção de mandalas é estimular as visualizações mentais, acompanhadas de instrumentos musicais.

 

Dessa maneira as mandalas tibetanas são conhecidas pelo apurado senso artístico, expressado por meio da pintura e da escultura.

 

Porém o mais interessante de tudo isso é que depois da construção de cada maravilhosa mandala, os monges a destroem. Esse ato é muito importante para a doutrina budista, pois simboliza a impermanência.

 

Neste sentido, esta é uma metáfora da própria natureza mortal da vida humana. Cada um constrói uma vida que será inexoravelmente destruída.

 

Afinal, a essencial meta do budismo é o total desapego do ego. Pois tudo o que construímos é consequência da ação do ego.

 

A mandala na psicologia junguiana

Em termos de psicologia junguiana, a mandala representa a essência do Self, ou o criador e mantenedor da vida.

 

Em contraste com o ego, que é uma unidade mortal e finita, o Self é imortal e infinito.

 

Efetivamente a forma circular da mandala representa a totalidade do ser, como Self, e concentra a energia vital.

O psicólogo Carl Gustav Jung descobriu o símbolo da mandala a partir de estudos de textos antigos orientais.

Ademais, essa descoberta coincidiu com a sua própria experiência e com a sua prática em atendimentos psicoterápicos.  Seus pacientes relatavam sonhos que configuravam mandalas tradicionais: formas circulares, ou estruturas quaternárias.

Em seus aprofundados estudos, Jung concluiu que quando a figura da mandala aparece indica uma necessidade da psique de buscar equilíbrio para algum conflito ou desordem do estado psíquico.

Assim na psicologia analítica, a mandala simboliza o arquétipo da ordem, da integração e da plenitude do ser.

 

Mandalas na psicoterapia

A psicoterapia junguiana trabalha com mandalas de diversas maneiras.

Em primeiro lugar, as imagens de mandalas favorecem a concentração, visando alcançar estados profundos de interiorização.

Em segundo lugar, funcionam como meio de contemplação para inspirar a serenidade e ajudar a encontrar equilíbrio psíquico, dando sentido à vida e exercendo função criativa e estimulante.

Por outro lado, a figura, ou símbolo, da mandala frequentemente pode surgir espontaneamente nos sonhos.

Na verdade, Jung vai ainda mais além, dizendo que a mandala é uma imagem interior, construída gradualmente através do método de imaginação ativa.

Desta forma, ele entende que a mandala é fruto da natureza da psique, sendo um fenômeno naturalmente humano.

Em outras palavras, se manifesta como uma reação natural da psique na tentativa de auto cura.

Acima de tudo, manifesta-se como autorregulação do equilíbrio entre consciência e inconsciente, ou entre alma e corpo.

Portanto, a psicoterapia trabalha com mandalas para atuar sobre a consciência.

Utilização da mandala na imaginação ativa

Com efeito, quando a figura da mandala surge como imagem, o terapeuta utiliza a imaginação ativa para estimular a manifestação deste símbolo.

Deste modo o indivíduo pode materializar a mandala em desenhos, pinturas e qualquer outro meio de manifestação visual, escultural, etc.

Como resultado, quando um indivíduo produz uma mandala, sob supervisão de um profissional terapeuta, encontra maior facilidade para ampliar a consciência.

Efetivamente, essa ampliação traça caminhos para a solução de conflitos, antes aparentemente insolúveis.

Em síntese, a mandala é um símbolo essencial no processo psicoterápico que, quando adequadamente compreendido, pode trazer o resgate do sentido de vida, independentemente de aspectos religiosos ou culturais.

Espero que este artigo tenha sido útil para alguns esclarecimentos sobre o uso psicoterápico da mandala na psicoterapia.

Deixe o seu comentário ou a sua dúvida.

 

Abraço,

Monica

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    Comentários

    1. Cristina diz

      19/02/2022 em 12:32 AM

      Muito bom seu artigo, Monica. Obrigada

      Responder
      • monicapetroni diz

        04/07/2022 em 3:46 PM

        Obrigada, Cristina!

        Responder

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