Os ciclos criativos permeiam a vida e toda a natureza ao nosso redor.
Inevitavelmente, há sempre um momento de nossas vidas que nos questionamos sobre tais ciclos, como por exemplo quando acompanhamos processos de crescimento e envelhecimento.
Porém, as perguntas e as respostas que colocamos são permeadas por conceitos científicos, que pouco contribuem para o bem estar daquele que questiona.
Desta forma, para dar uma nova resposta a estes questionamentos, este artigo propõe abordar a vida a partir dos ciclos criativos que permeiam nossas experiências individuais e coletivas.
Assim poderemos entender a importância de estarmos conscientes das dimensões cíclicas e criativas que regulam a vida e proporcionam equilíbrio psíquico, mental e físico.
Ciclos criativos: início, meio e fim
Todos os ciclos têm início, meio e fim. Ou seja, os ciclos criativos são aqueles que buscam uma finalidade para a geração e preservação da vida.
Especialmente, esses ciclos são processos criativos, que obedecem uma recorrência regular, retornando ao seu ponto de partida, para então gerar um novo processo.
Com efeito, esses são os ciclos de criação e recriação.
Ciclos criativos e os instintos criativos
Os instintos da natureza são criativos e cíclicos. Como por exemplo temos as sementes que se desenvolvem em árvores e plantas e que, por sua vez, geram novas sementes e tudo recomeça.
Efetivamente, o mesmo acontece na vida animal, com a procriação.
Desta maneira, as sementes instintivamente se transformam em árvores. Igualmente, um embrião tem por finalidade se transformar em uma criatura adulta, segundo as características definidas pelo seu genoma.
Ciclos criativos da natureza
Como vimos até aqui, cada ciclo da natureza segue uma finalidade geneticamente pré-definida, segundo leis da hereditariedade.
Todavia, também há outros ciclos naturais não orgânicos que seguem ciclos bem definidos, como por exemplo os fenômenos atmosféricos.
Embora não sejam hereditários, estes ciclos têm finalidades definidas e observáveis, como no caso do fenômeno da chuva: evaporação-condensação-precipitação. Ou seja, a água é vaporizada com a finalidade de se precipitar na forma de chuva.
Assim, através das finalidades de cada ciclo, observamos o potencial criativo da natureza.
O potencial criativo da natureza humana
A natureza humana também tem o seu potencial criativo. Mas o que determina e qual a finalidade dessa natureza criativa humana?
Por um lado, o ciclo da geração, criação e evolução física do ser humano obedece a um ciclo natural observável.
Por outro lado, a espécie humana manifesta uma característica diferente das outras espécies, que capacita determinar ciclos independentes e com finalidades tipicamente humanas.
Além de ciclo natural de crescer, amadurecer e envelhecer, o ser humano é a única espécie (pelo menos até hoje conhecida!) que manifesta uma natureza psíquica: a consciência.
Deste modo, a nós humanos cabe dar conta de dois ciclos concomitantemente: o ciclo físico instintivo de criação e geração e o ciclo de desenvolvimento da natureza psíquica.
A boa notícia é que a natureza psíquica também é criativa!
Acima de tudo, tal natureza criativa se manifesta a partir da intenção, que é um atributo exclusivo da consciência.
A intenção criativa
A intenção criativa pode escolher interagir com os ciclos da natureza ou não.
Seja lá como for, mesmo sem intenção clara e imediata, o gênio criativo humano acaba gerando ciclos criativos próprios, paralelamente à sua natureza instintiva, como nos ciclos históricos, artísticos, literários, científicos etc.
Provavelmente, foi assim que o mundo humano se diferenciou da natureza geofísica. Talvez até tenha se diferenciado exageradamente. Como consequência, a consciência se tornou um aparato destacado, que estranha a sua própria natureza criativa original e adoece!
Sobretudo, tal adoecimento se manifesta nas inúmeras patologias (físicas, psíquicas, sociais, ambientais etc), que permeiam o nosso mundo pós-moderno.
Reconciliação Criativa
A reconciliação criativa é uma proposta de conscientização das diversas naturezas cíclicas, às quais estamos intrinsecamente submetidos e intencionalmente comprometidos.
Assim, podemos nos perguntar o quanto percebemos e nos apercebemos de tudo o que acontece ao nosso redor.
Mas, será que percebemos o mundo através da condições da natureza ou das determinações do mundo humano?
Contudo, podemos refletir sobre o quão distante estamos da natureza e o quanto perdemos com a falta de interação com os ciclos naturais e criativos da vida.
Para que a humanidade, em dimensões individual e coletiva, encontre o seu equilíbrio é necessário nos sintonizarmos com os ciclos da natureza.
Ao mesmo tempo, devemos direcionar a nossa intenção para interagir criativamente com a natureza.
Aliás, o primeiro passo é nos permitir sentirmos parte da natureza e colaborarmos com ela em
prol de uma finalidade acolhedora, construtiva e criativa.
A consciência em contato com a natureza
A partir do momento que colocarmos a nossa consciência em contato com a natureza, um processo de reconciliação inicia-se.
Primeiramente, devemos sentir o contato com a nossa mãe terra. Pois, o contato com o elemento terra traz equilíbrio primordial entre natureza-corpo-mente.
Consequentemente, a consciência (o ego) admite sua pequenez e sujeição à força natural da vida e se beneficia dela. Assim o ego poderá sintonizar sua intenção com os ciclos criativos da natureza e encontrar reconciliação com o mundo e com si mesmo.
Os benefícios desta sintonia com os ciclos criativos da vida será uma vida mais equilibrada e criativa!
Enfim, como está a sua sintonia com os ciclos da natureza?
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