Você já se perguntou se e como as atividades culturais e artísticas previnem a depressão?
Estudos conduzidos pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) dizem que sim.
Eles concluem que ”é provável que você se sinta mais saudável quando se envolve em atividades culturais e fica menos deprimido do que as pessoas que não o fazem.”
Com base em estudos como esse, este artigo fala sobre como as atividades culturais e artísticas previnem a depressão e promovem ambiente psicossocial saudável.
Por definição, o engajamento cultural envolve interação social entre as pessoas e um senso de experiência compartilhada que desencadeia simpatia e motiva a criatividade.
Tais fatores são essenciais e parecem ser a chave para promover um ambiente psicossocial saudável.
No entanto, eles têm sido vistos como uma ferramenta curativa, mas não preventiva.
Engajamento cultural para a prevenção da depressão e da ansiedade
O principal achado deste estudo demonstrou que existe uma relação entre a frequência de engajamento cultural e o risco de desenvolver depressão a partir dos 50 anos de idade.
A princípio, os estudos observaram que adultos na faixa de 40 anos que, frequentando grupos e atividades culturais e artísticas por 10 anos, chegam bem e enfrentam melhor o envelhecimento a partir dos 50 anos de idade.
No entanto, a principal limitação do estudo é que esse é observacional e não intervencional. Como resultado, não se pode avaliar como as intervenções pontuais seriam responsáveis pela prevenção da depressão em adultos mais velhos.
Consequentemente, estudos de intervenção são necessários para descobrir se o engajamento cultural pode ser recomendado como uma atividade para promover a saúde mental positiva em adultos e idosos (especialmente aqueles identificados como de maior risco) como uma intervenção preventiva.
As atividades culturais e artísticas podem ser eficazes no tratamento de pessoas deprimidas
Por outro lado, fica bastante claro que as atividades culturais e artísticas podem ser eficazes no tratamento de pessoas deprimidas.
Assim sendo, podemos supor que, se o envolvimento cultural se mostra benéfico para a cura, pode igualmente funcionar como prevenção.
Conclui-se que, ao motivar a criatividade e a imaginação, há significativa melhora da auto-imagem e no fortalecimento da identidade, o que permite a cura e a manutenção da saúde.
Assim, pode-se comprovar que existe uma relação entre expressão criativa e cura.
Apenas precisamos usar o poder curativo das artes como ferramenta protetora e preventiva contra doenças mentais. Ou seja, investir mais nesse potencial artístico e criativo como atividades de autocuidado.
Pois se podem curar, as atividades artísticas e culturais, por consequência, previnem a depressão e o adoecimento mental. Pois fortalecem a percepção criativa do prazer.
Além do mais, há comprovação de sobra sobre o potencial de cura das expressões criativas.
O sistema visual é um canal importante para a regulação emocional
Sobretudo, Noah Hass-Cohen e Nicole Loya demonstram, em seus estudos de Arteterapia e neurociência, que o sistema visual é um canal importante para a regulação emocional.
Segundo esses estudos, atividades visuais, que requerem olhar e fazer imagens significativas envolvem fluxos neurológicos que regulam as emoções.
Eles concluem que há um processamento intenso de estímulos visuais externos e internos durante as intervenções e interações artísticas e arteterapêuticas.
Pois, esses estímulos mediam a memória autobiográfica. Com efeito, contribuem para um senso atualizado e coerente de si mesmo, permitindo mudanças.
Muito além do seu estado de espírito
Tais mudanças vão muito além do seu estado de espírito e do seu sistema neurológico.
As ciências genéticas, particularmente a epigenética, mostram como as emoções regulam a expressão genética!
Ou seja, a maneira como pensamos e como percebemos o mundo a nossa volta afeta o nosso estado emocional e psíquico. Por sua vez, esses últimos, potencialmente, podem mudar a nossa herança e constituição genética.
Essa relação epigenética é responsável pelo potencial de manutenção da saúde.
Em outras palavras, o seu estilo de vida, os seus pensamentos e as suas emoções estão no controle da sua saúde, mais do que a sua herança genética.
Assim, a nossa qualidade de vida começa com um estado emocional e psíquico saudável. E uma das formas mais humanas de conseguir um equilíbrio é através das expressões criativas.
Acredite:
As atividades culturais e criativas previnem a depressão e outras doenças físicas e mentais, simplesmente porque estimulam sua capacidade de sentir prazer consigo mesmo.
Portanto, uma vez que as atividades culturais e artísticas e de expressões criativas não têm contra-indicação, é bom começar já a se exercitar.
Pois, você é a única pessoa responsável pela manutenção da sua saúde.
A prevenção é melhor do que a cura!
Aproxime-se do mundo artístico e de eventos culturais. Visite museus e galerias de arte. Vá ao teatro. Ou, se preferir, participe de oficinas de expressões criativas.
Esses engajamentos culturais e artísticos farão toda a diferença na sua vida a partir de agora e para os anos que virão pela frente!
Obrigada pela leitura!
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